A imprudência dos motoristas e a falta de atenção dos pedestres diante da faixa de segurança são parte dos problemas enfrentados diariamente no trânsito do Distrito Federal. Pesquisa divulgada pelo Departamento de Trânsito (Detran) mediu em quatro cidades o respeito do condutor em relação a quem manifesta a intenção de atravessar a via sobre as listas brancas.
Em Brasília, no Gama e em Sobradinho, o estudo apurou que os primeiros veículos a se aproximar do local de travessia não pararam em mais de um terço dos casos. Em Ceilândia, esse percentual atingiu 50,4%. Se por um lado quem está ao volante comete infrações, alguns pedestres também não fazem a sua parte. Em Ceilândia, dois terços deles deixam de fazer o sinal de vida. No Gama, esse valor cai para 43,7%. E em Brasília, para 42%. A situação se revela melhor em Sobradinho, onde 67,9% das pessoas acenam para os carros.
O levantamento também indica que, das 35 mortes registradas entre 2006 e 2010, 25 ocorreram porque apenas o primeiro veículo parou durante a travessia. Assim, as vítimas acabaram atingidas pelo segundo condutor, que seguia pela pista ao lado — em um dos casos, a ultrapassagem foi feita pelo acostamento.
Outro dado preocupante apontado pelo estudo é o envolvimento de motos em acidentes com morte em faixas de segurança (veja arte). De 1997 a 2007, foram registrados seis atropelamentos. Esse número subiu para 14 entre 2008 e 2010, um crescimento de 133%. Só no ano passado, quatro dos sete acidentes fatais no local correto de travessia foram causados por motos.
O diretor de Educação de Trânsito do Detran, Marcelo Granja, explicou que o novo modelo de faixa desenvolvido por técnicos do Detran, da Polícia Militar, do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e por peritos de trânsito da Polícia Civil pode ser a solução para grande parte dos acidentes. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) autorizou a pintura de seis delas para testar a eficácia. Os resultados serão avaliados por um ano e, se forem positivos, elas serão adotadas em todo o país. “Uma faixa em zigue-zague foi instalada no novo dispositivo para chamar atenção do condutor. Ele vai notar que entrou em uma área irregular e que reduziu o espaço de circulação. Esse mecanismo, observado inclusive na Inglaterra, também possui tachões para impedir o tráfego de motociclistas nos corredores”, detalhou.
Idosos
Os idosos devem ter a atenção redobrada ao usar o equipamento de segurança. Das 77 pessoas mortas por atropelamento sobre as listras brancas entre 1997 e 2010, 34 tinham mais de 60 anos. No ano passado, três das sete vítimas eram idosas. O aposentado Brasil Andrade Martins, 79 anos, não se sente seguro ao atravessar a pista na faixa. Morador da QSA 11, em Taguatinga, Martins reclamou que as listras brancas na porta de casa, rente à Avenida Comercial Sul, estão apagadas e não existe sinalização adequada no local. “A placa que tinha foi retirada há mais de um ano. Do outro lado, fica escondida em um poste, e os carros estacionados atrapalham a visão. O pior de tudo são os motoristas que não param quando uma pessoa faz o sinal, ou aceleram o carro quando o cidadão está no meio da faixa. É uma vergonha”, comentou.
Marcelo Granja afirmou que, com esses dados, campanhas específicas para pessoas com mais de 65 anos serão criadas para diminuir a quantidade de acidentes. “A comunidade está envelhecendo, e os mais velhos têm o hábito de andar a pé pelas quadras. Começaremos um curso tanto na sede do Detran como nas regiões administrativas para associações de idosos”, disse.
Em Brasília, no Gama e em Sobradinho, o estudo apurou que os primeiros veículos a se aproximar do local de travessia não pararam em mais de um terço dos casos. Em Ceilândia, esse percentual atingiu 50,4%. Se por um lado quem está ao volante comete infrações, alguns pedestres também não fazem a sua parte. Em Ceilândia, dois terços deles deixam de fazer o sinal de vida. No Gama, esse valor cai para 43,7%. E em Brasília, para 42%. A situação se revela melhor em Sobradinho, onde 67,9% das pessoas acenam para os carros.
O levantamento também indica que, das 35 mortes registradas entre 2006 e 2010, 25 ocorreram porque apenas o primeiro veículo parou durante a travessia. Assim, as vítimas acabaram atingidas pelo segundo condutor, que seguia pela pista ao lado — em um dos casos, a ultrapassagem foi feita pelo acostamento.
Outro dado preocupante apontado pelo estudo é o envolvimento de motos em acidentes com morte em faixas de segurança (veja arte). De 1997 a 2007, foram registrados seis atropelamentos. Esse número subiu para 14 entre 2008 e 2010, um crescimento de 133%. Só no ano passado, quatro dos sete acidentes fatais no local correto de travessia foram causados por motos.
O diretor de Educação de Trânsito do Detran, Marcelo Granja, explicou que o novo modelo de faixa desenvolvido por técnicos do Detran, da Polícia Militar, do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e por peritos de trânsito da Polícia Civil pode ser a solução para grande parte dos acidentes. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) autorizou a pintura de seis delas para testar a eficácia. Os resultados serão avaliados por um ano e, se forem positivos, elas serão adotadas em todo o país. “Uma faixa em zigue-zague foi instalada no novo dispositivo para chamar atenção do condutor. Ele vai notar que entrou em uma área irregular e que reduziu o espaço de circulação. Esse mecanismo, observado inclusive na Inglaterra, também possui tachões para impedir o tráfego de motociclistas nos corredores”, detalhou.
Idosos
Os idosos devem ter a atenção redobrada ao usar o equipamento de segurança. Das 77 pessoas mortas por atropelamento sobre as listras brancas entre 1997 e 2010, 34 tinham mais de 60 anos. No ano passado, três das sete vítimas eram idosas. O aposentado Brasil Andrade Martins, 79 anos, não se sente seguro ao atravessar a pista na faixa. Morador da QSA 11, em Taguatinga, Martins reclamou que as listras brancas na porta de casa, rente à Avenida Comercial Sul, estão apagadas e não existe sinalização adequada no local. “A placa que tinha foi retirada há mais de um ano. Do outro lado, fica escondida em um poste, e os carros estacionados atrapalham a visão. O pior de tudo são os motoristas que não param quando uma pessoa faz o sinal, ou aceleram o carro quando o cidadão está no meio da faixa. É uma vergonha”, comentou.
Marcelo Granja afirmou que, com esses dados, campanhas específicas para pessoas com mais de 65 anos serão criadas para diminuir a quantidade de acidentes. “A comunidade está envelhecendo, e os mais velhos têm o hábito de andar a pé pelas quadras. Começaremos um curso tanto na sede do Detran como nas regiões administrativas para associações de idosos”, disse.
Por Antonio Temóteo
Imagens: www.correiobraziliense.com.br
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