Saulo Araújo
Lideranças
de organizações criminosas estão substituindo homens por adolescentes na
prática de sequestros. Esses adultos sabem da repressão sistemática da
polícia e não querem se arriscar.
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A certeza da impunidade pode estar por trás da maioria dos casos de sequestros
relâmpagos praticados no Distrito Federal. É cada vez maior a participação de
adolescentes envolvidos em crimes dessa natureza. Em agosto deste ano, ocorreu
um fenômeno nunca presenciado antes pelas autoridades de segurança pública: o
número de jovens com menos de 18 anos autores de roubos com restrição de
liberdade superou o de adultos.
Em julho, 16 adolescentes infratores acabaram apreendidos por envolvimento no
crime. No mês seguinte, pulou para 25 e, em setembro, para 38. No acumulado do
ano, até setembro, houve 554 casos, 100 a mais do que no mesmo período de 2011.
A mais recente vítima, uma mulher de 30 anos, passou mais de duas horas em
poder de dois bandidos, na última quinta-feira. Apanhou e chegou a ter as
costas cortadas por um facão. "Eu senti o cheiro do meu sangue",
contou.
Fonte:
correiobraziliense.com.br
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