A Polícia Civil do Distrito Federal desarticulou uma quadrilha de tráfico de drogas supostamente comandada por um técnico penitenciário.
Entre a tarde dessa segunda e a manhã desta terça-feira (3/5), a Operação Sargenas prendeu sete pessoas, entre elas o líder do grupo, uma mulher e dois ex-detentos do Complexo Penitenciário da Papuda.
Segundo informações do delegado chefe da Delegacia Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco), Márcio Araújo Salgado, o grupo agia há pelo menos três meses e vinha sendo investigado nos últimos 30 dias. A droga, principalmente maconha, era comprada no Entorno do DF e revendida aos presos da Papuda.
De acordo com as investigações, Mauro de Novaes Furtado, 28 anos, aproveitava-se do cargo de técnico penitenciário para negociar entorpecentes com viciados dentro da cadeia. Ele contava com a ajuda dos ex-detentos Bruno Baeta, 26, e Eliomar Junior, 31, para o fornecimento da mercadoria ilícita. Os três se conheceram na ala onde Bruno e Eliomar cumpriam pena e, algum tempo depois, planejaram uma maneira de burlar o sistema de segurança para conseguir entrar com a maconha na cadeia.
Rota do crime
A droga era comprada em diferentes cidades do Entorno e revendida, além da Papuda, nas cidades do Paranoá, Taguatinga e Guará. O esquema contava ainda com um serviço de disk-entrega, supostamente feito pelo taxista Wesley José Silva, 32 anos, conhecido como Pagodol.
Durante a operação, a Deco, com apoio da Divisão de Operações Especiais (DOE), cumpriu mandados de buscas e apreensões no Guará I e II, Setor de Chácaras do Guará, Paranoá e Taguatinga. Os policiais encontraram um quilo e meio de maconha, algumas pequenas porções de cocaína, duas balanças de precisão, um revólver calibre .38, uma pistola calibre .40, três carros e vários celulares.
Seis, dos sete acusados, já tinham passagens pela polícia por tráfico e roubo. Agora, todos ele vão responder por tráfico de drogas, com pena que varia entre 5 e 15 anos; associação para o tráfico, de três a 10 anos; receptação, de um a quatro anos. E a pessoa com quem foram encontradas as armas responderá também por porte ilegal de arma de fogo, com pena de um a três anos em caso de condenação.
De acordo com informações da Divisão de Comunicação da Polícia Civil (Divicom), o nome Sargeras é uma referência ao titã da mitologia grega responsável por manter a ordem estabelecida para seu mundo, mas acabou corrompido.
Fonte: correiobraziliense.com.br
Fotos: PCDF
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