quinta-feira, 14 de julho de 2011

TERCEIRA CONFERÊNCIA REGIONAL DE SAÚDE DE SOBRADINHO


O evento reúne autoridades, especialistas e usuários dos serviços de saúde para debate de propostas para o SUS.
“Cada vez que o governo se propõe a ouvir os anseios da população, ele está reafirmando seu compromisso em legitimar a participação social. Isso é democracia”, destacou a administradora de Sobradinho, Maria América Hamú, na abertura da 3ª Conferência Regional de Saúde de Sobradinho. Durante todo o dia de ontem (13/07), representantes da Secretaria de Estado de Saúde, Administração da cidade, trabalhadores da área e comunidade puderam discutir propostas para a melhoria do Sistema único de Saúde (SUS).
A diretora da Regional de Saúde, Joana D’arc, esclareceu, aos presentes, o objetivo da Conferência. “O Sistema Único de Saúde é um agregador social, portanto devemos propor mecanismos para aperfeiçoar o SUS e garantir que todas as pessoas tenham acesso à saúde pública de qualidade”, disse. Joana ressaltou ainda a necessidade de superar a morosidade do sistema de compras para a saúde pública. “Devemos sugerir um modelo célere e eficiente, porque a saúde não pode esperar! Quem está doente, precisando de medicação e tratamento, não pode aguardar até que entraves burocráticos sejam resolvidos”.
A deputada federal, Érika Kokay, esteve presente ao evento. Érika resgatou o histórico de caos na saúde do DF, herança dos governos passados, e reiterou a importância da gestão pública dos serviços de saúde. “Devemos romper com essa lógica de terceirizações e privatizações. A experiência nos prova que, quando a saúde é controlada por terceiros, os serviços se tornam mais onerosos para o Estado e não atendem às necessidades da população”, explicou. A deputada finalizou com as seguintes palavras: “Temos tudo para ter a melhor saúde do Brasil; uma saúde que honre nosso povo e assegure a dignidade humana”.
O deputado distrital, Márcio Michel, também compareceu à 3ª Conferência e reforçou a importância do debate acerca da gestão dos serviços de atendimento à saúde. “A privatização só pode ser admitida se houver anuência de todos os profissionais da área e de toda a sociedade. Essa deve ser uma decisão coletiva e não unilateral. Quem é usuário tem o direito de dizer como quer que os serviços sejam executados”.
O tema central da Conferência Regional foi “Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social, Política Pública, Patrimônio do Povo Brasileiro”. O médico, Walter Gaia, apresentou o painel “Gestão do SUS: Público e Privado”. Logo depois, foram abertas inscrições para o debate. Helvécio Ferreira abordou o tema “SUS: Patrimônio do Povo Brasileiro” e, finalizando o cronograma de palestras, Francisco das Chagas tratou da participação da comunidade no que diz respeito à gestão dos serviços, por meio do controle social.
À tarde, os participantes se dividiram para discussão em três eixos temáticos: Gestão do SUS, Seguridade Social e Controle Social. Das propostas sugeridas, foram escolhidas cinco de cada tema, conforme estabelecia o Regimento Interno da 3ª Conferência Regional. As sugestões, lidas e votadas por todos os presentes, vão ser levadas para a 8ª Conferência de Saúde do DF, marcada para os dias 31 de agosto e 01 de setembro.

8ª Conferência do DF
Objetivos a serem alcançados:
I - Impulsionar, reafirmar e buscar a efetividade dos princípios e diretrizes do SUS garantida na Constituição Federal e na Lei Orgânica da Saúde, na perspectiva do fortalecimento da Reforma Sanitária;
II - Avaliar o SUS e propor estratégias de ampliação do acesso à saúde, qualidade do acolhimento e da atenção integral;
III - Definir diretrizes e prioridades para as políticas de saúde, com base nas garantias constitucionais da Seguridade Social, no marco do conceito ampliado e associado aos Direitos Humanos.
IV - Fortalecer o Controle Social no SUS e garantir formas de participação dos diversos setores da sociedade em todas as etapas da 8ª CSDF.

Por Gizele Chaves

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