O imbróglio foi esclarecido e o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, decidiu liberar, no fim da tarde de ontem, a promoção de 2.852 policiais militares, suspensa desde 26 de dezembro do ano passado. A medida passa a vigorar nos próximos dias, mas terá efeitos financeiros e de antiguidade retroativos. O governo estuda, apenas, a forma de pagar esses atrasados. O impacto anual será de cerca de R$ 7 milhões. “As promoções estavam previstas, mas preferimos fazer toda a parte de consulta antes de efetivar para agir dentro da legalidade. Essas não têm nada a ver com a cláusula pendente no Tribunal de Contas e faz parte da nossa política de valorização da carreira”, disse Agnelo.
As ascensões estavam congeladas por conta da Decisão nº 6.597/10 do TCDF, que suspendeu as promoções por agregação devido aos atos praticados no último mês da gestão passada. Na ocasião, 81 oficiais da PM foram nomeados para cargos comissionados no Executivo, a fim de liberar as patentes na corporação. “O ex-governador Rogério Rosso, em um ato de irresponsabilidade, fez agregações e promoveu sem que existissem vagas”, criticou o presidente da Câmara Legislativa, Patrício (PT). “Foi uma imoralidade se aproveitar deste instituto, que é legal. Usaram a agregação, promoveram os policiais, depois desagregaram e ficou um excedente”, explica o comandante-geral da PM, coronel Sebastião Davi Gouveia.
Soluções
Após receber denúncia de que as promoções dos oficiais tinham motivação política, o TCDF mandou suspendê-las. Mas elas foram feitas com base em liminar deferida pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Em novembro do ano passado, o Conselho Especial do órgão julgou a ação improcedente e reverteu a cautelar. Com receio de ter as novas promoções questionadas, o governo resolveu cancelar a solenidade prevista para 26 de dezembro. Com o recesso de fim de ano, o tema ficou parado até a última semana.
Agnelo só aceitou liberar as promoções após o grupo formado por Patrício, coronel Gouveia, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Gilberto Lopes da Silva, o procurador-geral do DF, Rogério Leite Chaves, e o chefe da Casa Militar, Rogério Leão, e o distrital Aylton Gomes (PR) debaterem as soluções possíveis. Eles ainda procuraram a presidente do TCDF, Marli Vinhadeli, a fim de obter orientações sobre como proceder. O entendimento final do grupo foi de que a decisão do Tribunal de Contas só afetaria as agregações, o que não é o caso dos 2,8 mil militares.
Apesar do impacto mensal de R$ 580 mil, o governador garante que a medida não trará problemas para o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Desde o ano passado, o governo tenta regularizar as despesas com pessoal a fim de não ultrapassar os limites estipulados pela norma. “Não interfere e está tudo averiguado de tal maneira que faremos essa valorização. Há uma redução de interstício que não representa em aumento, ganho ou correção salarial”, disse Agnelo.
A promoção dos praças, que corresponde a 95% do total, ocorrerá depois de amanhã. A medida depende apenas de portaria do comandante-geral da PM. “Já estou providenciando tudo e ela será assinada na segunda-feira”, afirmou o coronel Sebastião Gouveia. Por sua vez, os oficiais terão de esperar pela publicação de um decreto do governador, o que deverá ocorrer no meio da semana. Segundo Agnelo, as outras ascensões programadas para abril e agosto ocorrerão normalmente.
Enquanto isso, a Procuradoria-Geral do DF tenta solucionar o problema das agregações. O objetivo é demonstrar a boa vontade do governo em fazer as graduações dentro da legalidade a fim de evitar novos problemas. Na quarta-feira, a PMDF ingressou com embargos de declaração sobre a decisão do tribunal. “É preciso saber o alcance dela, se atinge oficiais e praças”, explicou Chaves. Só depois do julgamento do recurso o mérito poderá voltar à pauta. “Conseguimos atingir um sucesso dentro da legalidade, com a anuência da Procuradoria e cumprindo as determinações do TCDF”, completou Leão.
Mudanças
Veja as alterações nas tropas, que serão efetuadas nos próximos dias:
2.852
PMs serão promovidos, com efeito retroativo
95%
desse contingente é formado por praças
R$ 580 mil
será o impacto mensal na folha de pagamento da PM
81
oficiais promovidos em 2010 serão mantidos nos cargos, apesar de decisão do TCDF
As ascensões estavam congeladas por conta da Decisão nº 6.597/10 do TCDF, que suspendeu as promoções por agregação devido aos atos praticados no último mês da gestão passada. Na ocasião, 81 oficiais da PM foram nomeados para cargos comissionados no Executivo, a fim de liberar as patentes na corporação. “O ex-governador Rogério Rosso, em um ato de irresponsabilidade, fez agregações e promoveu sem que existissem vagas”, criticou o presidente da Câmara Legislativa, Patrício (PT). “Foi uma imoralidade se aproveitar deste instituto, que é legal. Usaram a agregação, promoveram os policiais, depois desagregaram e ficou um excedente”, explica o comandante-geral da PM, coronel Sebastião Davi Gouveia.
Soluções
Após receber denúncia de que as promoções dos oficiais tinham motivação política, o TCDF mandou suspendê-las. Mas elas foram feitas com base em liminar deferida pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Em novembro do ano passado, o Conselho Especial do órgão julgou a ação improcedente e reverteu a cautelar. Com receio de ter as novas promoções questionadas, o governo resolveu cancelar a solenidade prevista para 26 de dezembro. Com o recesso de fim de ano, o tema ficou parado até a última semana.
Agnelo só aceitou liberar as promoções após o grupo formado por Patrício, coronel Gouveia, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Gilberto Lopes da Silva, o procurador-geral do DF, Rogério Leite Chaves, e o chefe da Casa Militar, Rogério Leão, e o distrital Aylton Gomes (PR) debaterem as soluções possíveis. Eles ainda procuraram a presidente do TCDF, Marli Vinhadeli, a fim de obter orientações sobre como proceder. O entendimento final do grupo foi de que a decisão do Tribunal de Contas só afetaria as agregações, o que não é o caso dos 2,8 mil militares.
Apesar do impacto mensal de R$ 580 mil, o governador garante que a medida não trará problemas para o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Desde o ano passado, o governo tenta regularizar as despesas com pessoal a fim de não ultrapassar os limites estipulados pela norma. “Não interfere e está tudo averiguado de tal maneira que faremos essa valorização. Há uma redução de interstício que não representa em aumento, ganho ou correção salarial”, disse Agnelo.
A promoção dos praças, que corresponde a 95% do total, ocorrerá depois de amanhã. A medida depende apenas de portaria do comandante-geral da PM. “Já estou providenciando tudo e ela será assinada na segunda-feira”, afirmou o coronel Sebastião Gouveia. Por sua vez, os oficiais terão de esperar pela publicação de um decreto do governador, o que deverá ocorrer no meio da semana. Segundo Agnelo, as outras ascensões programadas para abril e agosto ocorrerão normalmente.
Enquanto isso, a Procuradoria-Geral do DF tenta solucionar o problema das agregações. O objetivo é demonstrar a boa vontade do governo em fazer as graduações dentro da legalidade a fim de evitar novos problemas. Na quarta-feira, a PMDF ingressou com embargos de declaração sobre a decisão do tribunal. “É preciso saber o alcance dela, se atinge oficiais e praças”, explicou Chaves. Só depois do julgamento do recurso o mérito poderá voltar à pauta. “Conseguimos atingir um sucesso dentro da legalidade, com a anuência da Procuradoria e cumprindo as determinações do TCDF”, completou Leão.
Mudanças
Veja as alterações nas tropas, que serão efetuadas nos próximos dias:
2.852
PMs serão promovidos, com efeito retroativo
95%
desse contingente é formado por praças
R$ 580 mil
será o impacto mensal na folha de pagamento da PM
81
oficiais promovidos em 2010 serão mantidos nos cargos, apesar de decisão do TCDF
Fonte: correiobraziliense.com.br
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