Decisão já foi comunicada oficialmente na Câmara Legislativa; posição do bloco foi reforçada após deliberação das duas categorias de manter “operação tartaruga” até o dia 12 de abril
No que depender da bancada do PSD na Câmara Legislativa, o governo poderá ter problemas nas próximas sessões da Casa. Desde a semana passada, os parlamentares do bloco fecharam questão e decidiram obstruir todas as votações, até que o governo do Distrito Federal (GDF) se manifeste sobre as reivindicações dos policiais e bombeiros militares do DF. Na manhã desta quinta-feira (15), em assembléia na frente do Palácio do Buriti, as duas categorias decidiram manter a chamada “operação tartaruga” nos batalhões e quartéis.
A decisão foi comunicada oficialmente na Câmara Legislativa, na sessão de quarta-feira (14), pela líder do PSD, deputada Eliana Pedrosa. “Vamos respeitar os acordos firmados antes do movimento dos militares, mas a partir de agora nosso bloco está em obstrução em solidariedade a essas importantes categorias”, frisou.
Oficiais e praças da PM e dos bombeiros reivindicam a isonomia de salários com outros setores da segurança pública do DF; política de promoções independentemente de oferta de vaga e tratamento igual entre ativos e inativos. O bombeiro e o policial militar em início de carreira hoje recebem R$ 4,5 mil brutos, com auxílio-alimentação incluso. Por outro lado, o governo afirma que não pode atender os pedidos das categorias pela proximidade do limite estabelecido com gastos de pessoal pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
“É um absurdo essa falta de respeito do governo local não apenas com os policiais e bombeiros, mas com todos os servidores que reivindicam melhorias salariais. O GDF se utiliza da desculpa da Lei de Responsabilidade Fiscal para ignorar os movimentos e justificar a falta de palavra com as categorias”, afirmou a deputada Liliane Roriz (PSD), uma das parlamentares presentes na manifestação.
Segundo o policial Roner Gama, representante da Rede Democrática PM DF, a ‘operação-tartaruga’, que tem reduzido a participação do efetivo militar nas operações, está produzindo efeitos. “Percebemos que sem a presença ostensiva da polícia, aumentou o índice de criminalidade. Temos percebido isso pela imprensa, com a quantidade de notícias sobre ocorrências policiais”, declarou. A operação deve continuar até o dia 12 de abril, data da próxima assembléia.
Fonte: http://brasil247.com
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