Para livrar os
nossos jovens das drogas, é preciso priorizar o amor, a família e a religião. O
Estado tem que ser enérgico contra o tráfico.
Os problemas resultantes
do consumo de drogas alcançam primeiramente o usuário que tem, na maioria das
vezes, o futuro comprometido. Em razão da capacidade destrutiva dos produtos
ilícitos, muitos cidadãos passam a conviver com transtornos mentais ou
alterações comportamentais diversas. A prática de atos violentos, inclusive
contra integrantes da própria família, se transforma em algo comum no cotidiano
de algumas pessoas. Seres humanos que, anteriormente, eram distinguidos pelas
condutas educada e afetuosa, de repente tornam-se irreconhecíveis.
As famílias sofrem
demais com as mutações na vida de um ente envolvido com o crack, por exemplo.
Muitos desses dependentes químicos experimentam uma espécie de metamorfose,
variando até as suas características fisionômicas como consequência de um
envelhecimento precoce. É realmente aterrorizante! Além disso, as mortes de
jovens, que segundo o mapa da violência divulgado pelo Instituto Sangari,
encontram-se na faixa etária que alcança os maiores índices, quando as causas
não são naturais, impressionam pelos elevados números. E o início de tudo isso
é, indubitavelmente, o consumo de substâncias alucinógenas.
Os resultados são
alcançados porque os agentes do tráfico são sempre alvo dos comparsas. Os
acertos de conta realizados no âmbito das organizações criminosas ceifam vidas
ou mutilam homens e mulheres submersos nesse mundo cruel. Os traficantes também
estão na mira das forças policiais quando reagem a ações imprescindíveis do
Estado, que tenta diuturnamente conter o avanço dos delitos.
O mais triste, de
todos os fatos descontrolados, é que os dependentes químicos, de uma forma ou
de outra, sofrem algum dano, haja vista que muitos têm tudo para alcançar a
felicidade, para dar certo na vida. Todavia, por falta de um olhar atento dos
seus responsáveis ou pela escassez de políticas públicas eficientes, os
sonhos se decompõem e a porta do inferno se escancara para o seu ingresso. Os
dados que contabilizam mortes, dor e sofrimento têm no seu começo as seguintes
letras: d r o g a.
Portanto, temos um
diagnóstico sobre essas questões. Temos, sobretudo, a compreensão de que
existem falhas em vários núcleos, principalmente, no familiar. Logo, se
desejamos corrigir todos estes pontos e encontrar a melhor saída, não podemos
apontar, apenas, os erros das autoridades - mesmo sabendo que são inúmeros - ,
entretanto, devemos chamar a atenção dos pais relapsos, pois educar é uma
atribuição irrenunciável de quem se propõe a constituir família. Apesar disso,
nem todos têm a consciência e agem ou se omitem com total insensibilidade.
A família e a
religião são pilares inquebrantáveis que sustentam a honra e a dignidade do
cidadão. A formação de uma família, desta forma, deve ser feita com amor e
obediência a princípios éticos e morais. É no lar que se aprende a enxergar o
mundo e interpretar o que é bom e o que é maligno. Os pais devem ensinar aos
filhos o que é correto e as formas de se protegerem do mal. Ademais, as
autoridades devem cumprir as suas obrigações e dar exemplo de honestidade,
honradez e seriedade, já que a sociedade não pode ter, como espelho, homens
públicos ímprobos, indignos, marginais. Diante disso, as crianças e os
adolescentes precisam, para não entrar nesse mar desumano, de escola em tempo
integral. Os estabelecimentos de ensino devem transmitir conhecimentos e
oportunizar as condições para que o aprendizado se dê de forma efetiva. As
atividades esportivas, aulas de informática e línguas estrangeiras, além de
qualificar o cidadão, afastam-no do erro. A escola é o prolongamento do lar.
Destarte, para
livrar os nossos jovens das drogas, é preciso priorizar o amor, a família e a
religião. O Estado tem que ser enérgico contra o tráfico, castigar os
traficantes e propiciar as condições de formação educacional e a capacitação
para os jovens ingressarem no mercado de trabalho e os homens públicos devem
ser exemplares, pois suas atitudes se refletem no comportamento social. Como no
dizer de Lenine "o mundo vai girando cada vez mais veloz... a gente espera
do mundo e o mundo espera de nós.." Só que, nesse caso, a questão é de
atitude, e não apenas de paciência.
Por Mendonça Prado
Fonte:
Brasil247.com
Mendonça Prado
é advogado, deputado federal por Sergipe e vice-presidente nacional do
Democratas.
Imagens do google.
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